quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Moralidade do Lucro

Descobri hoje um concurso internacional para artigos cujo tema é “A Moralidade do Lucro”. O prazo para entrega do texto é curto, dia 28 de fevereiro, mas o tema é instigante e o prêmio para o primeiro lugar ainda mais: 20 mil dólares.

Qualquer um pode participar e o texto não deve ter mais de 3.000 palavras, o que não é nada absurdo para se escrever. Gostei!

Discutir sobre o “lucro” dá sempre um bom debate. Há os que são radicalmente contra, que acreditam ser o lucro fruto da exploração sobre os trabalhadores e pobres. E há também o outro lado, dos que vêem a existência do lucro como algo importante para gerar inovação e desenvolvimento na sociedade, justamente o que levaria as pessoas e empresas a evoluir.

Aprendi desde cedo na faculdade de administração que a razão de ser das empresas é o lucro e que sem alcançá-lo elas não sobrevivem por muito tempo.

Aprendi também, no entanto, e passei a acreditar, que não há ainda uma forma de substituir o modelo econômico e de organização social vigente, principalmente considerando que o comunismo é uma falácia prática e teórica e é também um instrumento para se restringir a liberdade das pessoas e a democracia no mundo, impondo uma visão única e totalitária daquilo que se acredita.

Nesse sentido, não demonizo pessoas e empresas que queiram lucrar. Acho que nem dou valor ao “lucro”, discutindo se é moral ou não, e já o considere como algo natural das nossas vidas.

Defendo, no entanto, que os meios para sua obtenção devam ser regulados e fiscalizados. O lucro tem que ser obtido por meio do respeito às regras da sociedade e da garantia mínima de possibilidades iguais para todos. Funcionários devem receber salários dignos e ter boas condições de trabalho. E o estado entra aí para garantir as mesmas regras sirvam para todos, sem aproveitadores e privilegiados.

Mais do que se combater o lucro nas de empresas, talvez deva-se lutar pela garantia de pleno direito aos trabalhadores, pelo respeito ao meio ambiente e às regras estabelecidas, por níveis de qualidade para os produtos e pela manutenção da livre concorrência, garantindo eficiência produtiva e menores preços para todos.

Menos ideologia, portanto. Mais ação e proteção.

Um comentário:

  1. oba, já tenho 305 palavras (bom, ao traduzir para o Inglês tal vez dé menos)de "meu" artigo sobre a moralidade do lucro.... moralidade é comigo mesmo (hoje em dia sofrendo minha falta de moralidade na juventude), kkk... :D
    obrigada pela notícia!
    beijão

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